segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Morte lenta

Entre o silêncio,
O meu respirar,
O pesar,
O adeus
A mim mesmo.

Os ponteiros falam,
As paredes chiam,
Mas eu,
Imóvel,
Extingo-me nesse vendaval
Em luto.

Tic-tac.
As horas batem
Os dias correm
E eu não me levanto do chão.

O sangue corre no meu corpo
Mas uma chaga aberta no meu peito,
Não me permite mais a mínima convulsão,
A mínima explosão por sonhar.

Restam-me
Contas a pagar
Cartas a responder
E
A minha desilusão

Tic-tac
As horas doem
O revolver me aguarda na cabeceira
Mas, pra quê apertar o gatilho
E abrir um rombo em mim
Se eu já degolei a minha vontade de viver?

Um comentário:

  1. AAhh,noossa...o.O
    :/ eu quase cheguei a acreditar no personagem!Que poema pesado não?!
    Boommm mto bom!!

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