Maio já está no final, foi o que percebi no mesmo momento em que me passava um baque de realidade por já estarmos quase no meio do ano. Em geral, não me preocupo com isso, pois falar Maio parece me é muito com falar Março Trata-se apenas de uma pequena diferença de pôr o cinco no lugar do três, que também são muito parecidos (diriam que são iguais aqueles que tentam decifrar as minhas letras em que o “eme” pode ser um “ene”, um “dáblio” ou até reticências dependendo do caso,ou melhor, da minha mão preguiçosa).
Assim, fica pra mim sempre a sensação sem pé nem cabeça de que ainda estamos no começo do ano e que ainda há muito tempo para cumprir as promessas ainda não deixadas pra trás como as sete ondinhas puladas no ano novo, muito embora os confetes de carnaval (e talvez a ressaca também) já tenham passado há tempos.
Tal passagem não passou em branco desta vez. Resolvi então fazer um pequeno balanço, o qual compartilho com os que ainda não desistiram de ler este texto.
Nestes últimos cinco meses, muita coisa aconteceu para passar despercebido ou para considerar meros três meses trocados por cinco.Aprendi um pouco de culinária japonesa despretensiosamente (afinal, há de se ter criatividade no longo período de férias da faculdade) e acabei trabalhando por um tempo num sushi bar.
Resolvi também desentortar minhas pernas descompassadas e começar a fazer aulas de dança, das quais, embora já não sinta o meu quadril tão parecido com cimento ou não tenha pisado em nenhum pé alheio, ainda sofro um pouco.
Dei ainda continuidade a velhas metas e outras que também me acompanham, afinal, nem tudo na vida é revolução. Continuo praticando karatê e já consegui avançar bastante, e a faculdade vai bem, só eu que ando um pouco perdido nela.
Entretanto, algumas outras não são passíveis de serem ditas cumpridas ou não, já que demandam não só mais tempo para amadurecer, mas também vencer algumas centenas de quilômetros.
Contudo, a dificuldade destas não me faz desanimar, afinal, Maio já está acabando, mas os meses e anos ainda correm, comigo ou não, mas correm. Vou seguindo e lutando pelo que acredito. Ninguém disse que era fácil, certo?