segunda-feira, 23 de maio de 2011

Maio já está no final...

Maio já está no final, foi o que percebi no mesmo momento em que me passava um baque de realidade por já estarmos quase no meio do ano. Em geral, não me preocupo com isso, pois falar Maio parece me é muito com falar Março Trata-se apenas de uma pequena diferença de pôr o cinco no lugar do três, que também são muito parecidos (diriam que são iguais aqueles que tentam decifrar as minhas letras em que o “eme” pode ser um “ene”, um “dáblio” ou até reticências dependendo do caso,ou melhor, da minha mão preguiçosa).

Assim, fica pra mim sempre a sensação sem pé nem cabeça de que ainda estamos no começo do ano e que ainda há muito tempo para cumprir as promessas ainda não deixadas pra trás como as sete ondinhas puladas no ano novo, muito embora os confetes de carnaval (e talvez a ressaca também) já tenham passado há tempos.

Tal passagem não passou em branco desta vez. Resolvi então fazer um pequeno balanço, o qual compartilho com os que ainda não desistiram de ler este texto.

Nestes últimos cinco meses, muita coisa aconteceu para passar despercebido ou para considerar meros três meses trocados por cinco.Aprendi um pouco de culinária japonesa despretensiosamente (afinal, há de se ter criatividade no longo período de férias da faculdade) e acabei trabalhando por um tempo num sushi bar.

Resolvi também desentortar minhas pernas descompassadas e começar a fazer aulas de dança, das quais, embora já não sinta o meu quadril tão parecido com cimento ou não tenha pisado em nenhum pé alheio, ainda sofro um pouco.

Dei ainda continuidade a velhas metas e outras que também me acompanham, afinal, nem tudo na vida é revolução. Continuo praticando karatê e já consegui avançar bastante, e a faculdade vai bem, só eu que ando um pouco perdido nela.

Entretanto, algumas outras não são passíveis de serem ditas cumpridas ou não, já que demandam não só mais tempo para amadurecer, mas também vencer algumas centenas de quilômetros.

Contudo, a dificuldade destas não me faz desanimar, afinal, Maio já está acabando, mas os meses e anos ainda correm, comigo ou não, mas correm. Vou seguindo e lutando pelo que acredito. Ninguém disse que era fácil, certo?

terça-feira, 3 de maio de 2011

Alvorada de outono

Gosto de dias ensolarados e frios, daqueles em que a foto do céu azul de poucas nuvens enganaria o observador não fossem os cachecóis e casacos pesados dos que se aventuram pedestres nestes dias preguiçosos. A explicação desta predileção? Não sei ao certo. Talvez não precise de mais, apenas gosto e isto basta (assim como dizia o heterônimo de Fernando Pessoa que certas coisas não têm explicação, tem existência. Tem coisas que bastam por si só!). Talvez seja o caso, mas essa discussão não cabe nestas poucas linhas. Volto ao que ia dizendo.

Não são bons esses dias de outono em que a vida parece ir mais calma e a até os desgostos parecem ficar menos agitados? Dias como esses não combinam com stress ou preocupações, combinam com um bocejo gostoso e com passear pela rua de casaco e algodão doce na mão. Ou quem sabe, com esta junção tão contraditória de clima frio e paisagem ensolarada, vestir um suéter e ir lá fora tomar um sorvete de palito ou vestir uma bermuda para buscar um chocolate bem quentinho?

Talvez sejam dilemas grandes demais para dias leves de outono como este que passam como um sussurro gostoso nos ouvidos. Hoje, se até as nuvens estão com preguiça de andar por ai, quem sou eu para contrariá-las? Vou mesmo é me enfiar nestas cobertas macias xadrez rezando para que ninguém me notar aqui. Curtir um pouco daquela preguiça genuína que nos parece pecado frente às obrigações cotidianas que vêm implícitas no alarme do relógio programado para disparar logo mais. Quem sabe eu não adormeça e acabe encontrando o meu chocolate quente sem ter que sair de casa ou mesmo da cama? (Acordem-me apenas quando as nuvens resolverem se espreguiçar, até logo)