segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Lenvantado do chão

O amor que ainda não é amor é
pura expectativa,
Beijo em travesseiro,
Suspiros abobados,
Ares de ridículo,
Mas encantadoramente de apaixonado.

É também acreditar piamente na falha e pensar na felicidade de ver o erro da própria crença
É angústia pra quem não luta, reza pelo acaso e vive com o tormento do “e se...”
É friozinho na barriga pra quem vai em frente e decide responder pelas próprias ações.

Há amores que não viraram mas vão se tornar amores de fato.
Há amores que não viraram ainda e morrerão presos na garganta
Mas que antes de sepultados moerão nossos ossos com grande mágoa
Afinal, o sonho faz voar,
A realidade faz cair
A dor faz levantar.

Mas,mesmo assim, dói no peito sentir a ausência de quem se amou no pensamento
De mãos espalmadas em outro peito.
E como dói levantar.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O dia em que criei

Se um dia precisar dizer que te amo
Inventarei uma palavra nova
Um neologismo sem modismos
Que nenhum crítico literário catalogará
Que só nos saberemos

Quero o seu amor só pra mim
No máximo do meu egoísmo
Silencioso
Calmo
Maduro
Mas com a fúria de um infante.

Direi tudo numa palavra que não faça o mínimo sentido,
Sobre um sentimento mais antigo que a Criação
Que talvez não soe assim tão novo
Mas que com certeza te fará sorrir.


O homem tão tolo,
Ainda tenta entender,
Mas pra quê?

Serão dias sem sentido
À deriva no céu ao seu lado.
Não precisaremos explicar nada,
Não precisaremos de um mapa,

Os meus olhos nos teus e
O amanhecer nos bastará.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O princípio da tristeza

Desde quando?
Desde quando dói?
Desde o dia dez?
Desde dezembro?
Desde o além?
Desde quando esperei?
A quem ?

Pra pedir pra te ver
E você me deixar um bilhete?

“Desde o dia “Dê”
Desde o “Dê”
De desleixo
De desdém”

Desde quando dói?
Agora eu sei
Desde o dia em que você desconsiderou minhas palavras.