Com o dia dos namorados se aproximando, fico observando a enorme apreensão dos namorados e namoradas que não sabem o que dar de presente. Medo de ser repetitivo, ou de não agradar, enfim, uma centena de fatores a se considerar em busca do presente perfeito. Tanta aflição me lembrou certa conversa que tive a tempos com um amigo sobre o amor, ou melhor, o conceito deste. Explico melhor.
A discordância se deu em face de uma frase de um poeta que dizia que o amor é sentimento velho, mas que nunca saíra de moda. Desta idéia, criou-se uma dúvida: Será que os poetas, filósofos e transeuntes já esgotaram todas as formas de expressar o amor de tal forma que todas as que vierem não são mais que repetição?
A minha defesa era por dizer sobre a infinitude deste sentimento, ao passo que meu amigo ia radicalmente em sentido contrário, dizendo que de uns tempos pra cá tudo é senão repetição. Não vou expor os argumentos para não cansá-los, apenas cabe constatar que gastamos algumas horas e não chegamos a lugar nenhum.
Hoje a controvérsia veio à tona, tanto pela proximidade da data como pela falta do que fazer. Ponderei um pouco e percebi então que a discussão não era assim tão importante. Afinal, não importa se esgotaram ou não até a exaustão, se acharam um conceito perfeito ou se acabaram todas as possibilidades de expressar o amor.
Se ainda resta criatividade pra expressá-los além do “I Love You”, das flores e caixas de bombom é coisa menor pra se preocupar. O simples fato de já existirem diversas formas e possibilidades de escolha já deveria servir de alívio pra quem não sabe o que dar no dia dos namorados.
Mas é claro, inventar um modo inédito é sempre bem-vindo, seja para um presente inesperado, seja para uma desculpa fantástica para os que se apresentarem de mãos vazias amanhã.